quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Destino...


Se pudéssemos conversar com o destino o que diríamos? Perguntaríamos? Acusaríamos? 
Eu tentaria explicar-lhe os trilhos de minha alma, cada parada, desvio, pedras e quebra-molas, só então, quem sabe ele (o destino) queira entrar na minha casa.
Eu o convidaria a entrar porta adentro sem licença e nenhum cuidado, pois meu coração é forte, certo do que quer e do que precisa.
Mas... E se ele quisesse abrir os quartos trancados de meu coração. Aí não! Tive tanto trabalho para recolher as dores, encaixotar, mágoas e trancá-los no quarto dos ressentimentos, culpas e lágrimas, pra agora vir o destino e abri-la sem qualquer cuidado!
Ah, não!
Só porque agora se preocupou com quem trilha sua estrada, acha que pode abrir todas as trincas?
E quando eu estava sem encaixe, sem chão, como um dominó sem peças, um baralho sem cartas, um quebra cabeças de mil encaixes? Onde estava o destino?
Oh vontade de derrubar móveis de sua casa senhor destino, antes mesmo de lhe perguntar ou responder qualquer coisa!
Mas... Você... Bem... Cadê?
Enquanto eu lhe explicava, onde você estava?
Entro em minha alma, encaminho ao meu coração e tudo está aberto, destrancado, varrido e limpo!
Você esteve aqui destino e me deixou um bilhete?!
“Olá, Karla, como vai”?
Mais uma vez, vim ao teu encontro e nos desencontramos, mas por sorte você deixou o coração aberto, então eu pude entrar, faxinar e deixar pra você todo amor que puder receber e como a coleta de bondade é grande, deixei a fé e a sabedoria, não me lembro de onde guardei a sabedoria, então tenha cuidado ao procurá-la. A persistência você já tinha, mas em cima da mesa das orações está a Sutra sagrada para alimentar a alma.
Obrigado por me permitir entrar e aceitar meus cuidados nos encontraremos mais tarde em outras caminhadas.
Grande abraço.

“Destino.”
Pois é... Nada melhor do que aceitar o meu destino!