Eu olhava para uma estrada e dizia:
“Às vezes caminho por estas ruas, tendo a nítida sensação que não sou eu; É como se “eu” não devesse estar ali;
Outras vezes me olho no espelho e tenho a certeza que aquela imagem não é a minha, aquele corpo não é o meu; É como se eu estivesse em um espaço fugitivo, onde “eu” permaneço ali e o ali não é meu, não se encaixa em mim.
E eu tenho a clareza de que o “eu” não sou eu.
E fico ali inóspita de mim mesma.”
Karla Koimbra
Outras vezes me olho no espelho e tenho a certeza que aquela imagem não é a minha, aquele corpo não é o meu; É como se eu estivesse em um espaço fugitivo, onde “eu” permaneço ali e o ali não é meu, não se encaixa em mim.
E eu tenho a clareza de que o “eu” não sou eu.
E fico ali inóspita de mim mesma.”
Karla Koimbra